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Seleção artificial das espécies


O ser humano vem criando animais e cultivando plantas desde o final da Idade da Pedra (Neolítico). Darwin observou que havia uma analogia entre a domesticação e a seleção natural. Este processo, chamado por Darwin de seleção artificial, explica a origem da diversidade de raças como as de cães, cavalos, pompos e plantas a partir de critérios seletivos humanos.

Seleção artificial é o processo conduzido pelo ser humano de cruzamento seletivo de animais, plantas e outros seres vivos, com o objetivo de selecionar características vantajosas que tendem a ter um efeito maior na geração seguinte.

Essas variações separam certas vantagens, e a tendencia é que essas novas caraterísticas passem as gerações seguintes e ao longo do tempo provoquem diferença que podem separar populações em raças e até mesmo espécies.

Isso mesmo, dependendo da seleção feita, esse processo permite que o homem crie uma nova espécie.

Atualmente com a engenharia genética é possível criar espécies através de hídridos e inserções de genes. Razão pela qual existe mais de 30 mil espécies de orquídeas criadas em laboratórios, todas pelo homem através deste processo. Há evidencias arqueológicas de rosas criadas pela domesticação do homem que datam mais de 2 mil anos e que não existem mais atualmente.


Animais

Quando se fala em animais criados pela seleção artificial a principal especie a ser mencionada são os cachorros, por incrível que pareça quase todas as especies de cachorros que conhecemos hoje são resultado da seleção artificial

Lysenki, o biólogo parceiro de Staliz realizou um processo de seleção artificial usando a docilidade em foco para trazer modificações em raposas. Após selecionar raposas mais dóceis ele começou a fazer a reprodução com base na docilidade dos animais e após 6 gerações as raposas haviam mudado tanto que os pesquisadores nomearam uma nova categoria de animais domesticados.

Após 10 gerações cerca de 18% dos animais faziam parte desta nova categoria, após 20 gerações cerca de 24% das raposas já faziam parte.

Depois de 35 gerações 78% dos animais já estavam nesta nova categoria onde os animais se comportavam como cães, anatomicamente bastante semelhantes, com uma pelagem malhada em branco e preto. As orelhas caíra, semelhantes as de um cão Cocker, a ponta da calda fazia uma curva para cima e o cio da fêmea ocorria a cada seis meses, Até a vocalização lembrava a dos cães.

Os traços caninos dessas raposas obviamente não estavam no objetivo dos pesquisadores, mas acompanharam o processo de seleção artificial que modificou totalmente o comportamento, a anatomia e a fisiologia do animal para uma categoria nova. No momento em que os pesquisadores começaram a cruzar animais dóceis para promover a docilidade nesta variação os genes que eram responsáveis por tal característica mudam seus múltiplos efeitos sob a constituição fisiológica e anatômica dos animais de tal forma a permitir a criação de uma nova categoria de animal.


Esse processo provou que muitos dos cachorros conhecidos hoje são resultados de seleção artificial feita com raposas e lobos, baseada em características como a docilidade e a inteligencia.

Vários outros animais surgiram com esse mesmo processo, e com objetivo de deixar-los mais dóceis para a domesticação.

Outros exemplos

Porco Doméstico
O porco doméstico teve a sua origem através da domesticação do javali selvagem a cerca de 9.000 anos atrás.

Gatos
Sabe-se que os gatos surgiram através da seleção artificial de muitos anos atrás, mas ainda não se sabe ao certo sua origem. Acredita-se que os gatos surgiram através da domesticação de jaguatiricas e linces.


Alimentos


Nenhuma das frutas que conhecemos hoje existiria na natureza se não fosse a seleção artificial do homem!

Isso mesmo, a laranja, o limão, a maçã, a banana, e várias outras frutas e legumes foram criadas através de anos de cultivo com o processo de seleção artificial

Quase todas as frutas que consumimos hoje era originalmente menor, ou mais azeda, ou tinha algo tóxico nela, e os agricultoras da época foram escolhendo as melhores e replantando até chegar a um ponto que poderia ser consumida, que no caso é mais ou menos o que conhecemos hoje.

Em alguns casos de seleção o objetivo é simplesmente criar uma nova fruta com um sabor diferente, um exemplo disso é a laranja que segundo especialistas é um híbrido do limão com um tipo de mixirica.

O processo básico de seleção artificial das frutas funciona mais ou menos assim:
O agricultor planta 5 mil pés da planta escolhida para a seleção, depois que elas crescem ele escolhe as que tiverem uma característica melhor para o consumo, e queima o resto, depois ele replanta novamente as sementes das frutas escolhidas para uma nova seleção, e repete o processo quantas vezes quiser até conseguir um aproveitamento de 100% daquela característica escolhida.Esse processo de seleção artificial nas plantações se estende até os dias de hoje, fazendeiros tem cultivado numerosas variedades de frutas e legumes com o objetivo de selecionar as que tiverem uma característica melhor para a comercialização.

Fonte: Nerdcast